Pepsi, Pasto, Metrô e Marketing

E se você descesse do trem e désse de cara com um pasto de 1.250 m²?

O que faz um profissional de Social Media?

Mercado de mídias sociais estimula geração de empregos.

Convencendo o consumidor a gastar tempo e dinheiro

O Marketing Experiencial envolvendo consumidores e marcas em ações de Guerrilha

O logotipo, a marca, o consumidor e a liberdade de se reinventar

"A mudança de rótulo criou a percepção de que o produto havia mudado, o que não era verdade"

Por que as pessoas realmente compram?

"A oferta de produtos é tão grande que qualidade é o mínimo que se pode oferecer. Afinal, boa comunicação não melhora um produto ruim"

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Toda empresa deveria liberar o acesso às redes sociais?



Sua empresa está tentando se adequar aos pequenos detalhes característicos dos novos profissionais da Geração Y? Maravilha! Só tem a ganhar! Mas, e agora? Liberar ou não liberar o acesso às redes sociais?

De acordo com dados da britânica Webroot publicados pelo portal IDG NOW!, quatro em cada dez empresas européias bloqueiam o acesso ao Facebook e três ao Twitter. Entre as principais justificativas para o bloqueio estão a dispersão dos funcionários, a baixa produtividade, o risco de as redes corporativas serem infectadas por malwares via redes sociais e o vazamento de dados.

No Brasil, embora a situação não seja muito diferente, alguns especialistas discordam desta posição. Gabriel de Oliveira (professor de Marketing Digital e consultor especializado em estratégias web) defende que a liberação dos sites de redes sociais nas empresas precisa ser vista como uma ação de empreendedorismo. Passível de riscos, mas também de ganhos. Segundo ele, a empresa ganha não apenas com a melhoria do clima organizacional e com o acesso fácil ao conhecimento, mas também em ações de comunicação e marketing, na melhoria de sua reputação, em ações colaborativas e na própria produtividade.

Waldir Arevolo (Consultor da TGT Consult) aponta em seu artigo no portal Administradores aquilo o que todo gestor deveria entender. Com a Web 2.0 todos os seus colaboradores internos, independentemente de cargo ou título, devem ser encarados com parte ativa de sua força de venda, principalmente na web. De outra maneira, como a empresa conquistará credibilidade e interatividade com os consumidores se os seus próprios colaboradores são colocados à margem dessas iniciativas?

E se existe uma coisa que não combina com a Geração Y e que não deveria ser exercitada por quem quer gerir essa rapaziada, é a hipocresia. Infecção das redes por malwares? Vazamento de dados? Bom, o jeito então é impedir o uso de e-mails (particulares ou não) e telefones (incluindo fixos e móveis) dentro empresa. Mas vai resolver? Não!

Especialista em Geração Y, Eline Kullock (Grupo Foco) explica que transgredir regras é uma característica de toda geração e que o que estes jovens fazem hoje não é tão diferente do que os mais velhos fizeram no passado. Ela cita um argumento comum entre eles para confirmar: Vocês não saiam para tomar café e fumar? Eu não fumo, mas twitto!

Mauro Segura (Comunicação e Marketing da IBM) também defende a liberação do acesso argumentando que as pessoas têm nas redes sociais o mesmo comportamento que tem na vida real. “Elas sempre falaram da empresa no bar, nos corredores, no café. Porque não deixar que façam o mesmo nas redes sociais?”

É difícil. É um tema complexo. É uma escolha que requer muita atenção. Muito vem sendo dito e discutido sobre esse assunto nos últimos tempos, mas o fato é que ninguém tem (ou terá) uma verdade absoluta sobre como agir neste impasse até pelo menos daqui uns 10 anos. Cada caso é um caso, cada gestor tem (ou não) suas razões, cada situação tem suas peculiaridades e não poderia ser de outra maneira.

O que acredito ser importante fazer é educar o colaborador sobre o uso das redes e também tentar aprender com ele. Gafes sempre vão existir, é fato. Mas também não existem naquela conversa descontraída com o colega de trabalho no exato momento em que o chefe entra na sala?

O que você precisa é ter as ferramentas e a ousadia necessária para contorná-las. O que ele diz sobre a empresa? Ele elogia? Ele critica? Ele tem razão em dizer o que diz? Ele é parte ativa de sua força de venda, não é? Então para todas as respostas, quem monitorar terá trabalho a fazer! O que poderíamos fazer para a melhoria do clima organizacional?

Eu tenho uma teoria: O seu funcionário tem a resposta! Mas prefere mil vezes dar aquela twittada libertadora do que ligar no seu ramal e te contar.

E agora? Liberar ou não liberar o acesso às redes sociais?

*Esse artigo também foi publicado em 12/01/2011 no Ponto Marketing. Marketing no Ponto Certo! Confira!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Mas que diabos QR code tem a ver com Marketing?



Depois de se tornar o quinto maior país em número de telefones móveis habilitados - ultrapassando a marca das 194 milhões de unidades - hoje o Brasil tem mais telefones celulares do que habitantes. O resultado disso foi que em 2010 (de novo) já começaram a faltar números para novas linhas e, para driblar a escassez de números disponíveis em São Paulo, a Anatel (Agencia Nacional de Telecomunicações) decidiu incluir mais um dígito no número dos telefones celulares dos paulistas.

É o que acontece quando a necessidade impõe o uso exacerbado das combinações numéricas. Mais cedo ou mais tarde, com maior ou menor número de combinações possíveis, um dia elas chegam ao limite. Já aconteceu antes, e provavelmente um dia voltará a acontecer. A boa notícia é que pelo menos com os códigos de barras isso ainda vai demorar um pouco para se tornar um problema.

Já pensou um código de barras com 10 cm de comprimento?! Não seria nada prático, não é?! Aliás, já seria maior do que muita embalagem. Mas com o QR code, esse problema está resolvido.

O QR code é um código de barras bi-dimensional, criado pelos japoneses em 1994 capaz de armazenar uma quantidade muito maior de informações mas que só começou a ganhar espaço com a chegada dos smartphones. É esse ícone composto por vários quadradinhos ai na foto ao lado. Para "decifrá-lo" você só precisa baixar em seu smartphone algum dos muitos apps para a leitura de QR code, aproximar a câmera e fotografar (em alguns casos basta aproximar). De acordo com a Wikipédia, a sigla QR vem de Quick Response (Resposta Rápida). E isso porque o código pode ser lido em poucos segundos mesmo com câmeras de baixa resolução.

Mas ai você me pergunta: E que diabos esse QR code tem a ver com Marketing? Vamos por partes. Eu explico.

De acordo com o professor e blogueiro Eric Messa, do e-code, no Brasil a primeira empresa a usar o QR code para fins publicitários foi provavelmente a Fast Shop, em dezembro de 2007. A peça veiculada no caderno Link do jornal Estadão anunciava um telefone celular e trazia no canto inferior direito a imagem do código QR. Fazendo a leitura com seu celular, o leitor era direcionado para uma página com outras ofertas da rede.



Em maio de 2009 foi a vez da DM9 usar o QR code em um anúncio que comemorava os 20 anos da agência. A inovação ficou por conta de a peça trazer um QR que remetia todo dia a uma arte diferente. Sem dúvida uma grande idéia, além de uma impactante experimentação da marca, não?!

Apesar disso, e de amplamente difundido em outros países, no Brasil o QR ainda não emplacou. E digo “ainda” porque, apesar de algumas tentativas mal sucedidas, acredito que agora a “novidade” vai pegar.

Recentemente - ou melhor, neste mês - quem aderiu à tecnologia do QR code foi o Metrô de São Paulo. Nos cartazes “Linha da Cultura”, afixados nas estações, o código bi-dimensional permite acessar informações sobre cultura, notícias, trajetos, atendimento e horários da operação. O site da revista Exame fala um pouco mais a respeito.

Agora me diz se o QR code não é um baita exemplo de Marketing Experiencial!?

É como um teaser. Estimula a curiosidade das pessoas e transforma o que quer que seja em uma experiência totalmente diferente (pelo menos por enquanto). Você só precisa de um pouco de criatividade e de uma estratégia. E não tem jeito, todo mundo acaba querendo saber o que dizem os quadradinhos espalhados por aí.
 
Dá uma olhada! São anúncios, outdoors, embalagens, camisetas, cartões de visita, cartezes e há algum tempo até um video clipe do Pet Shop Boys usou imagens em QR code com links para diferentes sites, em geral tratando da questão da privacidade no mundo. Em 2010, até a Cow Parede brincou com o QR code em uma vaca coberta de códigos QR.



Quer fazer um teste? Baixar um software gratuito para ler QR code ou (ainda melhor) criar seu próprio QR code? A hora é agora!



quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

10 dicas para fazer compras coletivas com segurança



Depois de abrirem as portas do e-commerce para pequenas e médias empresas, um dos assuntos mais comentados em 2010 com certeza foram os sites de compras coletivas. É claro que o motivo de tanto sucesso não foi exatamente esse, já que aquilo o que fez destes sites a nova mania nacional foram os descontos de até 95%, mas será que estamos realmente seguros usando essa nova modalidade de comércio eletrônico?

No artigo Site de compras coletivas: o lado B - Parte 1, Priscila Magalhães faz referencia ao caso do blogueiro Caio Novaes, que no mês passado teve uma péssima experiência de compra arrematando uma ceia de natal no Groupon.

Descontos daqui, descontos de lá, e com tanta gente comprando uma hora os problemas começariam a aparecer. Por isso, reuni neste artigo 10 dicas de quem entende de e-commerce para tentar ajudar os adeptos (e os tentados a aderir) às compras coletivas a não entrar em roubada. Quem nos orienta desta vez são Camila Melo, do Instituto Akatu, e Bernardo Carneiro, Diretor da Site Blindado S/A.  

1. Visite o site do estabelecimento que está comercializando o produto nas páginas de compras coletivas. Telefone para o estabelecimento, confirme se o anúncio é verdadeiro e o tempo para a utilização do cupom.

2. Antes de fechar a compra, verifique como funciona a desistência. Não deixe de perguntar o que ocorre se o número de compradores não for atingido.

3. Conheça a política de privacidade do organizador da compra coletiva para saber como serão protegidos seus dados (como o número do seu cartão de crédito, por exemplo).

4. Fique atento à página de pagamento da oferta, checando se ela opera em ambiente de navegação segura e se possui certificados digitais de segurança.

5. Procure saber o número do telefone de contato ou o endereço do site para que possa reclamar, caso algo dê errado.

6. Algumas empresas têm comercializado cupons em quantidade acima de sua capacidade de atendimento. Isso resulta em agendamento para até seis meses. Veja, antes de comprar, se há listas de espera no serviço que você deseja.

7. Antes de iniciar sua navegação em um portal de compra coletiva, é fundamental se informar sobre as condições do negócio. Nesses portais, o consumidor recebe um “voucher” para compra em loja física, mas e se chegar no local e o voucher não funcionar? Esteja atento ao prazo de validade, por exemplo.

8. Avalie a Credibilidade do portal: hoje as redes sociais estão aí para evidenciarem o que há de bom e de ruim na web. Pesquise sobre o portal antes de qualquer compra. A credibilidade nesse momento deve contar muito.

9. Na hora de efetuar o pedido, observe se a tela que pede informações confidenciais, como as de pagamento, está com o cadeado ativado e se o endereço do site inicia com HTTPS:// (s de seguro);

10. Verifique os tipos de marcas e parceiros presentes no portal: a busca por informações relacionadas às marcas que fazem parte da compra coletiva também é aconselhável. Afinal, comprar e não poder usufruir pode se tornar uma experiência frustrante.

Mas se ainda assim ocorrer algum problema, fale com o site de compras. Se nada acontecer, os caminhos são fazer uma queixa no Procon e, por último, recorrer ao Judiciário.

*Esse artigo também foi publicado em 06/01/2011 no blog Ponto Marketing. Marketing no Ponto Certo! Confira!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Um novo e-commerce moldando as compras por impulso



Quando falamos de compra por impulso estamos sempre falando de comprar coisas de que não precisamos, certo? Na verdade, não! Esse comportamento, comprar coisas pelo prazer de comprar e não pela necessidade do objeto que é comprado, se chama compulsão. O professor Dílson Gabriel, que leciona Comportamento do Consumidor na USP, esclarece que comprar por impulso, mas não por compulsão, é adquirir (sem planejamento) um bem (necessário) por sentir uma atração instantânea pelo produto, seja por causa da embalagem, do preço ou do apelo publicitário.

No entanto, em muitos casos a necessidade do consumidor pode ser apenas a de satisfazer um desejo. Ele pode, por exemplo, desejar comprar uma TV nova   embora na realidade não precise dela e optar por fazê-lo em razão de uma oferta muito tentadora.

Enquanto o ciclo de uma compra “planejada” é racional, começando com o reconhecimento de um problema/necessidade, passando pela avaliação das alternativas de solução/compra, até finalmente chegar à decisão de compra, as compras por impulso tem apelo muito mais emocional. É como se o consumidor comprasse para se sentir psicologicamente realizado, não tendo perdido a “oportunidade”.

Nessa onda, os sites de compras coletivas se tornaram uma febre mundial ofertando aquilo o que o consumidor mais gosta: oportunidade e preço! Chaves para o sucesso do e-commerce moderno e de efeito quase instantâneo sobre os consumidores, desconto, promoção, off e oportunidade são as palavras do momento. Sandra Turchi, especialista em Marketing Digital e E-commerce pela FGV e pela Toronto University, diz que o consumidor se empolga e só pensa em aproveitar a oferta, mas que algumas vezes, compra produtos que normalmente não usaria se não fosse pela promoção.

Compra produtos que não usaria?! E agora? Compulsão ou compra por impulso? Depende. Não usaria porque habitualmente o investimento é alto para sua realidade financeira ou porque o produto na verdade não atenderia a uma de suas necessidades? Em alguns casos a diferenciação é realmente um pouco complexa e até subjetiva, mas acompanhando alguns depoimentos na rede, arrisco um palpite: As compras coletivas já estão transformando a compra por impulso na internet em uma espécie de compra planejada, mudando o comportamento de compra dos consumidores.

Com ofertas diárias, em diferentes segmentos e sites, o consumidor está aprendendo a esperar pela oferta certa, daquilo o que realmente lhe interessa, evitando arrependimento futuro. A empresária Evelyn Hirose, por exemplo, confessa em depoimento ao portal IG que no início se empolgou. "Nas primeiras três semanas, acessava aos sites todos os dias e comprei cerca de 20 produtos, principalmente cursos e comida. Gastei algo em torno de R$400,00. Hoje uso uma planilha para controlar os gastos e os prazos das ofertas”. Larissa Sanches, publicitária, também já mudou seu comportamento de compra por causa das compras coletivas. “A gente tem que se segurar um pouco mais. É como se estivessem te lembrando de uma liquidação. Nenhuma das coisas que já comprei foi para uso imediato. Agora quando fico interessada em algum produto, fico esperando (a oferta) entrar nos sites”.

Visto dessa maneira, acredito que essa transformação no comportamento do e-consumidor talvez já seja uma tendência. A impulsividade nas compras dando lugar a um consumo cada vez mais consciente e planejado. A transação comercial que deixa satisfeitos o consumidor, o lojista e o fabricante. Melhor para a saúde financeira do consumidor e melhor para o e-commerce que deixará de ser visto como o vilão de algumas histórias.

*Esse artigo também foi publicado em 22/12/2010 no blog Ponto Marketing. Marketing no Ponto Certo! Confira!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Marketing Experiencial: Promovendo a experiência de uma grande ideia



“Grandes idéias são aquelas que convencem naturalmente o consumidor a gastar seu tempo e dinheiro com uma marca.” Simples e direto. Ponto final! Lembro que depois de ter ouvido isso eu nem conseguia me lembrar se eu tinha uma definição anterior do que seria uma grande idéia.

Dentro daquilo o que eu experimentava profissionalmente na época, só consegui pensar em uma coisa: O Marketing Experiencial é mesmo uma grande idéia. Aliás, mais do que isso. O Marketing Experiencial é promover a experiência de uma grande idéia.

Resumidamente, o marketing experiencial é focado em criar experiências que envolvam o consumidor e as marcas (ou produtos), através da estimulação dos seus sentidos. Assim, os valores sensoriais, emocionais, cognitivos, comportamentais e relacionais substituem os valores racionais e funcionais. Logo, o consumo se torna uma experiência holística. Para saber um pouco mais sobre Marketing Experiencial leia Marketing e experiências cognitivas - O que o cliente sente quando pensa na sua marca?

Através do Marketing Experiencial você consegue não apenas comunicar um posicionamento, mas tornar tangível esse posicionamento através de uma experiência. E como eu já disse por aqui, ativando as percepções e sentimentos do consumidor através de uma experiência, a experimentação desse posicionamento e da marca fica mais tempo na memória e também é mais facilmente compartilhada com outras pessoas. Cria-se então uma forte conexão entre a marca e o consumidor. E um consumidor engajado, ou um consumidor evangelizador como já ouvi por ai, vale muito!

Nessa onda, muita gente lá fora já não pensa mais em Marketing feito de outra maneira. Exemplos não faltam e vira e mexe compartilho algum deles com vocês por aqui. Se for a sua primeira vez aqui no Experimentando Marketing ou se ainda não havia visto nenhum deles sob esta perspectiva, visite alguns dos posts anteriores. Eu particularmente recomendo os dois em que postei os exemplos de que mais gosto. Uma nova integração entre tecnologia, marketing e comunicação e Experiências físicas, no mundo real, com pessoas reais.

Aqui no Brasil ainda não são muitas as experimentações desta prática, mas aos poucos elas vão aparecendo.

Em novembro do ano passado, por exemplo, a Fiat promoveu pela primeira vez no Brasil, em Porto Alegre - RS, a Arena Fiat Sensações. O evento que durou pouco mais de 15 dias trouxe mais de mil veículos da montadora expostos em ambientes interativos planejados para entreter toda a família.

Ocupando uma área de 30.000 m², o projeto serviu para aproximar o consumidor gaúcho e, segundo Fabio Meira (gerente regional da Fiat), valorizar o relacionamento da marca com o cliente através de atividades como o test drive da linha adventure em uma pista off-road, aulas sobre a tecnologia locker e o lançamento da linha Fiat Fashion com roupas e acessórios que misturavam tendências da moda ao conceito de tecnologia e modernidade dos carros, além de roupas customizadas, de aventura, tênis, relógios e mochilas.

Para o publico feminino, o Espaço Punto Beaty foi o grande sucesso. Nele, as visitantes podiam utilizar serviços de manicure, maquiagem e cabeleireiros, além de conhecer os esmaltes com as cores dos carros da empresa. Ainda para o público feminino, outra inovação: o curso “Mecânica para Mulheres”. As participantes puderam acompanhar palestras com informações sobre cuidados com o carro, além de dicas de economia e manutenção preventiva.

Segundo notas divulgadas sobre o evento, a Fiat teria vendido mais de 1.000 (mil) carros no evento e recebido mais de 5.000 (cinco mil) visitantes no primeiro final de semana da Arena.

Pois é...Ponto para a Fiat!

Quer saber mais sobre Marketing Experiencial bem feito? Continua “cavucando” por ai que ele existe! Nos próximos posts trago alguns outros exemplos criativos que encontrei por ai. Até lá!  

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Até onde vai a nossa capacidade de influenciar as escolhas do consumidor?



“Não fui eu, foi meu cérebro!”

É assim que Caio Margarido Moreira, biólogo e mestre pelo Instituto de Psicologia da USP, começa seu artigo na edição 211 da revista Mente e Cérebro, publicada em Agosto deste ano.

“Primeiro decidimos, só depois nos damos conta disso. Até que ponto realmente vão nossas possibilidades de fazer escolhas? Será que temos livre-arbítrio? Essas e outras perguntas serão discutidas nesse artigo que você resolveu ler há dez segundos...”

Não entendeu nada? Não tem problema! Vou explicar o que isso tudo quer dizer e como esse comportamento pode influir na vida do profissional de marketing.

Em 1985, um experimento realizado pelo cientista Benjamim Libet sugeriu que as decisões humanas eram tomadas com alguns milissegundos de antecedência. Vinte e três anos depois, em 2008, um artigo publicado pela revista Nature Neuroscience reabriu a discussão. O pesquisador Chun Siong Soon e alguns colegas de instituições renomadas como o Instituto Max Planck para Cognição Humana e Ciências do Cérebro, em Leipzig, na Alemanha, encontraram evidências de que as decisões podem ser traduzidas em atividade cerebral até dez segundos antes de se tornarem conscientes. Em outras palavras: suas decisões podem, inconscientemente, já terem sido tomadas dez segundos antes.

E o que isso tem a ver conosco, profissionais de marketing? Bom, até onde eu sei, tudo!

Segundo o professor Kenji Doya, do Laboratório de Computação Neural do Instituto de Ciência e Tecnologia de Okinawa, no Japão, o processo de decisão pode ser dividido em quatro etapas: 1. o reconhecimento da situação em que nos encontramos; 2. a avaliação das escolhas possíveis e suas conseqüências; 3. a tomada da decisão propriamente dita; e 4. a avaliação da decisão de acordo com o resultado obtido.

Então resumidamente, de acordo com os experimentos de Chun Siong e seus colegas, as três primeiras etapas do processo decisório propostas pelo professor Doya seriam processos inconscientes. A “avaliação da decisão de acordo com o resultado obtido” seria, em principio, feita conscientemente.

E digo “em principio” porque os sentimentos e as sensações que essa avaliação gera podem ser automáticos e não exatamente as lembranças que gostaríamos de resgatar naquele momento. Imagens, sons e cheiros que você experimentou na decisão anterior podem (e normalmente o fazem) fornecer dados comparativos importantes em sua próxima escolha.

Dizendo agora de maneira simples e direta: Se liga! Se você não conseguir proporcionar a experimentação da sua marca da maneira positiva como gostaria, pode não ter uma segunda chance!

sábado, 18 de dezembro de 2010

E-commerce: Por trás das super promoções das compras coletivas



Nos últimos meses um dos assuntos mais comentados em todas as redes sociais (e também fora delas) foram as mega ofertas online que tomaram conta da web. São produtos e serviços ofertados com 70, 80 e em alguns casos até 90% de desconto. Difícil acreditar que as ofertas sejam de verdade? Muito! Mas para o delírio dos consumidores e principalmente das consumidoras, são! Três meses para alugar DVD’s pagando só R$3,00? Pizza grande de R$35,00 por R$9,90? Bem vindo ao mundo das compras coletivas.

Resumidamente, funciona assim: os chamados sites de compras coletivas fazem uma série de parcerias com empresas e profissionais dos mais variados segmentos (restaurantes, academias, pet shops, hotéis, spas, agências de viagens, casas de espetáculos, etc, etc) negociando uma oferta - disponibilizada em média por 48 horas - que só é válida a partir de um determinado número de adesões. Você compra a oferta através do site e paga com cartão de crédito. Se esse mínimo de adesões não for atingido você recebe o reembolso do valor investido. Simples e direto.

Aqui no Brasil, a febre começou em março de 2010 com o lançamento do site Peixe Urbano. Mas de acordo com o site E-commerce News, essa nova modalidade de e-commerce começou em 2008, nos Estados Unidos, quando Andrew Mason criou o site Groupon e em poucos meses ergueu um negócio bilionário.

Em consolidação no País, por aqui as compras coletivas abriram as portas do e-commerce para pequenas e médias empresas e rapidamente também se tornaram muito lucrativas. Depois do sucesso do Peixe Urbano, dezenas de outros sites foram lançados operando nos mesmos moldes. Em Julho de 2010, através do site Mídias Sociais, Ricardo de Paula já listava outros 37 sites da modalidade. Mas apesar de o mercado de compras coletivas estar se mostrando definitivamente muito promissor, já existe um consenso de que no futuro poucos destes sobreviverão. A tendência, é que a maioria deles se una ou seja incorporada por outras empresas dando lugar a novos gigantes do e-commerce.

Sob a perspectiva que nos cabe, é evidente que o apelo destes sites é a compra por impulso. Além disso, também já é nítido o fato de esta ser uma eficiente estratégia para empresas/prestadores de serviços conquistarem novos clientes, gerarem visibilidade e incrementarem a presença digital. No entanto, o que mais me chama atenção nessa nova moda é o que está por trás dela.

Sei que é batido comentar novamente sobre isso, mas vejam como a relevância particular do conteúdo disponibilizado por estes sites se espalhou através das redes sociais e transcendeu suas barreiras. E por quê? Porque sob o pretexto de ajudar o consumidor a descobrir o que está sendo oferecido de melhor em produtos e serviços na sua cidade, estes sites na verdade tornaram a experiência de compra mais relevante e satisfatória. E enquanto conseguirem manutenciar essa experiência, continuarão lucrando milhares de reais todos os dias.

*Esse artigo também foi publicado em 10/12/2010 no blog Ponto Marketing. Marketing no Ponto Certo! Confira!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Engajar divertindo as pessoas



Dias depois de ter publicado por aqui um post falando sobre grandes marcas gerando continuas experiências positivas e impactantes para engajar o consumidor, me lembrei do 8º mandamento do e-book Os 10 Mandamentos do Engajamento, publicado pelo Fabiano Coura (R/GA) em seu blog há algum tempo: Levar diversão à vida das pessoas. Um trabalho de comunicação voltado a tornar a vida das pessoas mais leve, mais prazerosa.

Enquanto escrevia sobre as experimentações da marca ativando as percepções e os sentimentos para criar vínculos emocionais com o consumidor, outros exemplos me ocorreram assim como também uma questão: Quem tem feito este trabalho de maneira tão eficiente quanto a indústria dos games nos últimos anos? A conclusão a que consegui chegar: Ninguém!

Alex Kid? Sonic? Super Mario? Winning Eleven? Mortal kombat? Street Fighter? Conhece algum deles? Sentiu saudade de alguma época em que passou horas experimentando marcas como SEGA, Konami e CAPCOM, rodadas em consoles Tec Toy, Nintendo e Sony? Pois bem... É mais ou menos este o principio explorado pelo Marketing Experiencial ao promover vivências marcantes que agregam valor às marcas.

Para todos os gostos, níveis de aptidão, habilidade (e idades), existe um game. Se o negócio em si é lucrativo? Faça as contas!

Um estudo divulgado recentemente revela que a indústria de games dos Estados Unidos vale cerca de US$ 7 bilhões. Isso contabilizando apenas consoles, portáteis e periféricos (e apenas nos Estados Unidos). Se incluirmos PCs feitos para games e os jogos em si, o valor salta para os incríveis US$ 46,5 bilhões, com estimativa de chegar aos US$ 65 bilhões até 2013 graças ao crescimento da distribuição digital e de jogos sociais como o FarmVille.

Uma explicação simples e direta? Insisto: As marcas mais valiosas do mundo não vendem produtos, tão pouco serviços. Elas vendem uma experiência ao consumidor.

No final de outubro, em meu primeiro post aqui do Experimentando - Uma nova relação entre a tecnologia, o marketing e o mundo real - escrevi sobre a oportunidade de revolucionar o modo como entendíamos e presenciávamos a integração entre tecnologia, marketing e comunicação, usando cada vez mais a tecnologia para melhorar as experiências físicas, no mundo real, com pessoas reais, em um mundo totalmente digital. E não é exatamente o que estão fazendo os controladores de games por sensores de movimento Wii, da Nintendo, Move, da Sony e o mais recentemente lançado, Kinect, da Microsoft?

Talvez por isso, em 25 dias de vendas, a Microsoft tenha vendido mais de 2,5 milhões de unidades do Kinect - acessório para o console Xbox 360. A Sony, tendo lançado seu controlador pouco antes, em setembro, já teria vendido 4,1 milhões de unidades do Move - seu acessório para o Playstation3 - e o Wii, da Nintendo, já contabilize 65 milhões de unidades vendidas nos EUA. Dados publicados no site da revista INFO Exame.

E como se não fosse suficiente o engajamentos dos players propagando aos 4 cantos a experiência fantástica proporcionada por essas “marcas e consoles revolucionários” , os filmes publicitários produzidos pelas agências para os games - não necessariamente para controladores por sensores de movimento -  têm nos envolvido como poucos. Eles colocam, cada vez mais literalmente, os jogadores dentro das tramas. Na semana passada, o site Mashable divulgou uma lista com os virais mais inovadores do ano. Entre eles, estava o vídeo a seguir. Produzido pela TBWA\Chiat\Day para o game que segundo Luiz Mazetto, no IDG NOW!, já é um recordista em vendas na história do entretenimento, Call of Duty: Black Ops - Existe um soldado em cada um de nós!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Você já conhece o Foursquare?



Lembram quando tudo o que a internet fazia era nos manter trancados em casa - frente a um computador - visitando sites, enviando e-mails, encontrando novos e velhos amigos em bate-papos virtuais? Com o advento da internet sem fio e dos smartphones esse tempo definitivamente acabou. Hoje falamos com quem quisermos, quando quisermos, estando onde estivermos. Se naquela época os precursores da interação, da inovação e do próprio marketing online eram os gigantes UOL, Terra e AOL (R.I.P.), hoje quem dita o futuro são as redes sociais. E entre elas, cuidado! Há um monstro chamado Foursquare!

O Foursquare é um aplicativo para smartphones que permite que você sinalize aos seus amigos exatamente onde você está. Você indica, por exemplo, o lugar em que você chegou, escolhe se vai avisar seus amigos (ou não) e se quer que esse check-in (esse é o nome que o Foursquare dá para a ação que você executa no aplicativo para dizer que chegou em algum lugar) seja postado no seu twitter e/ou no seu facebook. Você também pode acompanhar na tela do seu celular quando e onde seus amigos fazem check-in, ou ainda receber um e-mail avisando sobre os check-ins deles. Assim, o Foursquare permite que você crie uma rede de amigos para compartilhar check-ins.

Para quem em 1996 já achava o máximo enviar um e-mail que chegava ao outro lado do mundo, eu já acharia o Foursquare sensacional se parasse por aqui. Mas não para! No blog do Edney Souza - vulgo @interney, você encontra um manual completo sobre como usar (ou não usar) o Foursquare.

Agora finalmente chegamos ao ponto que eu particularmente mais gosto: O Foursquare promove uma verdadeira batalha entre seus usuários. Uma disputa saudável, é fato, mas para quem assim como eu não gosta de perder nem no cara ou coroa, é um prato cheio.

Cada vez que você faz um check-in em algum lugar você soma pontos. Esses pontos lhe colocam em dois rankings: um entre seus amigos e outro que envolve todos os “jogadores” da cidade. Ganhando pontos você sobe no ranking e conquista buttons (badges), que são como medalhas colecionáveis e lhe conferem graduações. Se você é o usuário que esteve mais vezes em algum lugar, você conquista o título de Prefeito (Mayor) daquele lugar. Essa patente lhe confere o direito (e a responsabilidade) de administrar aquele local no site do Foursquare. A dificuldade é que o ranking zera toda semana e isso faz com que você precise realmente frequentar aquele lugar se quiser continuar em posição de destaque.



Nem tanto pelo game (que sim, eu considero sensacional), mas as infinitas possibilidades que o Foursquare proporciona em se tratando de marketing são de cair o queixo. De acordo com a Revista Época, o aplicativo levou um ano para atingir o primeiro milhão de usuários. Mais três meses e eram 2 milhões. Passado um mês e meio... 3 milhões! Hoje são mais de 540 mil membros por mês.

Segundo pesquisa da Buzzvolume, divulgada no blog IDGNOW!, no Brasil 55% dos check-ins ainda acontecem na capital paulista. Os 45% restantes são divididos, nesta ordem, por Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Campo Grande, Brasília, Curitiba, Fortaleza e Niterói.

Através do Foursquare, já é comprovadamente possível promover ações de fidelização bastante eficientes. A Starbucks, por exemplo, disponibiliza há algum tempo badges personalizados e benefícios exclusivos aos seus fiéis consumidores - outra sacada genial da marca que já é considerada uma das mais engajadoras nas redes sociais.

Na rede Spolleto, em São Paulo, toda sexta-feira o Mayor das lojas selecionadas ganha uma massa tradicional (Penne, Fetuccine, Farfale, Fussili Integralle ou Spaghetti).

Se eu fosse gestor de uma média, grande ou até de uma pequena empresa, daria um jeito de pegar uma carona com o Foursquare. Principalmente, porque brasileiro adora uma novidade. E isso engaja ou não engaja?

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

SEO, conteúdo e relevância - O Google trabalhando a seu favor



No último sábado, 27 de novembro, aconteceu em São Paulo mais uma edição do curso de planejamento em mídias sociais promovido pela Digitalks. Conduzido por Leandro Kenski (CEO da Media Factory e fundador do iVox), Luiz Augusto Barros (Diretor de Operações da Media Factory e um dos sócios fundadores da LocZ Games) e Vivian Vianna (Diretora da DigitalMe), o curso de oito horas tinha como objetivo ensinar como construir e administrar a presença digital das marcas nas mídias sociais. E como conhecimento nunca é demais, estive por lá para conferir na íntegra o conteúdo disponibilizado por estes profissionais cheios de experiências incríveis e cases de sucesso.

Como já era de se esperar, foram debatidas questões como o uso estratégico das redes sociais em comunicação/marketing, sua eficiência na gestão da reputação digital, o monitoramento da presença digital, o funcionamento dos chamados motores de busca, relevância e conteúdo, além é claro de técnicas de SEO – Search Engine Optimization. A diferença, pelo menos para mim, foi o fato de que com um número restrito de participantes, pudemos estabelecer um diálogo realmente mais próximo com estes profissionais. Foi a oportunidade que muitos dos participantes, inclusive eu, tiveram para esclarecer suas dúvidas.

Fiquei intrigado, por exemplo, com a questão levantada pelo Luiz Augusto quanto aos ciclos de ascensão e queda dos buscadores. Chega a ser obvio, mas é algo em que eu mesmo nunca havia pensado. O sucesso do Google está no fato de que ele disponibilizou com maior eficiência o conteúdo que as pessoas queriam encontrar, certo? E ele ainda reina soberano exatamente porque ainda entrega a elas as melhores respostas. Mas se hoje as próprias pessoas disponibilizam conteúdo relevante umas às outras, principalmente através das redes sociais, como será daqui a alguns anos? Ainda precisaremos do Google?

Eu sinceramente não sei, mas é uma questão que explica muita coisa. A empresa contrata os melhores profissionais do mundo e transforma seu ambiente de trabalho no mais admirado do planeta, simplesmente porque ela precisa manter felizes os caras que passam os dias pensando em como continuar entregando os melhores resultados às nossas buscas. Agora parece de verdade, não é?!

Já com relação à abordagem, e talvez pela maior aplicabilidade dos conceitos, me chamou muito mais a atenção a explanação da diretora da DigitalMe. Vocês sabiam, por exemplo, que é possível melhorar o posicionamento de um site na busca orgânica do Google fazendo com que entre 3 e 7% das palavras usadas em seu artigo, post ou publicação seja uma palavra diretamente relacionada ao assunto abordado? Se não sabiam, fica a dica! Em algumas ferramentas pagas é possível medir isso. É a relevância e a chamada densidade das palavras-chave em seu texto. E só para não deixar vocês na mão, no SubmiTAY você também consegue. Agora já ouviu falar na gestão de blogs através de links relacionados? É o chamado Link Building e é muito útil!

O curso foi esclarecedor em alguns aspectos e trouxe novas maneiras de fazermos algumas coisas já manjadas. Mas acima de tudo, foi importante para reforçar principalmente na prática, quanta coisa pode ser feita com uma idéia criativa e o uso correto das técnicas de SEO. Eu mesmo, e sei que também alguns colegas, já sai de lá revendo dezenas de projetos sob novas perspectivas.

Ainda assim é uma prática difícil, onde convencer os gestores das empresas sobre a importância de usarmos todas essas ferramentas juntas já é quase um milagre. Onde em muitos casos apresentar dados que fundamentem a estratégia também não ajuda em nada quando o gestor não faz idéia do que eles representam. Mas o fato é que ou continuamos tentando e nos preparando para quando a oportunidade certa aparecer, ou desistimos. E desistir não é uma saída muito inteligente quando você ama o que faz.

Então se você ainda não saiu clicando em tudo por aqui tentando saber mais sobre Search Engine Optimization, não perde tempo. Vai que a idéia criativa chega antes de você saber o que fazer com ela. E enquanto os motores de busca do soberano Google ainda forem os melhores disponíveis, aproveita!

*Esse artigo também foi publicado em 01/12/2010 no blog Ponto Marketing. Marketing no Ponto Certo! Confira!